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Renda Fixa e Renda Variável. O Que São, Quais os Tipos e Como O Iniciante deve Investir

Atualizado: 16 de nov. de 2024

Quando o assunto é investimento, entender a diferença entre renda fixa e renda variável é fundamental para quem deseja otimizar suas finanças e garantir um futuro financeiro mais estável.

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A escolha entre esses dois tipos de investimentos depende do perfil do investidor, dos seus objetivos financeiros, e do seu apetite para risco.


Neste guia completo, vamos explicar tudo sobre esses dois tipos de investimentos, suas características, vantagens, desvantagens, exemplos práticos e como escolher qual é o mais adequado para você.


O Que é Renda Fixa?

A renda fixa é uma das opções mais populares entre os investidores, especialmente para aqueles que buscam mais segurança e previsibilidade.


Em termos simples, esse tipo de investimento oferece uma remuneração definida no momento da aplicação.


Ou seja, o investidor sabe exatamente quanto irá receber no futuro, seja em termos de juros ou de valor total.


Características da Renda Fixa

  1. Segurança: A principal característica da renda fixa é a segurança.


    Esses investimentos são, geralmente, menos voláteis e oferecem um retorno mais previsível, o que atrai investidores conservadores.


  2. Previsibilidade de Rentabilidade: Ao investir em renda fixa, o investidor sabe exatamente o valor que receberá no vencimento do título ou no final do prazo contratado.


    Isso ocorre porque as taxas de retorno são previamente acordadas e não variam durante o período do investimento.


  3. Baixo Risco: Comparado com a renda variável, a renda fixa apresenta um risco muito menor, uma vez que o risco de perda é reduzido e os rendimentos são mais estáveis.

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Exemplos de Renda Fixa


  1. Tesouro Direto: é uma das opções mais seguras para investidores no Brasil, pois é um título público emitido pelo Governo Federal.


    Ele é uma excelente opção para quem busca estabilidade e a segurança de que o governo irá honrar os pagamentos.


    Como investir:

    • Onde investir: O Tesouro Direto pode ser acessado por meio de plataformas de corretoras de valores ou diretamente no site do Tesouro Direto (www.tesourodireto.com.br).


    • Passo a passo: O primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora de valores habilitada.


    • Após isso, você poderá transferir dinheiro para a conta da corretora e realizar a compra dos títulos do Tesouro Direto diretamente na plataforma.


    Tipos de títulos:

    • Tesouro Selic: Rentabilidade atrelada à taxa básica de juros da economia (Selic), ideal para quem busca liquidez e baixo risco.


    • Tesouro IPCA+: Títulos que pagam a inflação (IPCA) mais uma taxa fixa, o que oferece uma proteção contra a perda do poder de compra.


    • Tesouro Prefixado: Oferece uma taxa fixa de rentabilidade, ideal para quem quer saber exatamente quanto irá receber no futuro.


  2. CDB (Certificado de Depósito Bancário): é um título emitido pelos bancos. O investidor empresta dinheiro para o banco e, em troca, recebe uma rentabilidade acordada no momento da aplicação.


    Como investir:

    • Onde investir: O CDB pode ser adquirido diretamente pelas plataformas das corretoras de valores ou pelos próprios bancos.


      Corretoras como XP Investimentos, Rico, ModalMais, entre outras, oferecem esses títulos.


    Tipos de CDB:

    • CDB Pré-fixado: Rentabilidade acordada no momento da compra.


    • CDB Pós-fixado: Rentabilidade atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), ou seja, acompanha a taxa de juros do mercado.


    • CDB com liquidez diária: Permite ao investidor resgatar o valor a qualquer momento, com rentabilidade que pode ser um pouco mais baixa.


  3. LCI/LCA (Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio): são títulos emitidos por bancos para financiar o setor imobiliário e o agronegócio.


    Uma das grandes vantagens desses títulos é a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que aumenta a rentabilidade líquida para o investidor.


    Como investir:

    • Onde investir: Assim como os CDBs, as LCI/LCA podem ser adquiridas através de corretoras de valores ou diretamente nos bancos.


      É importante verificar se a corretora oferece acesso a esses produtos, pois não todos os bancos emitem LCI ou LCA.


    • Passo a passo: O processo é similar ao do CDB. Abra uma conta em uma corretora, transfira o dinheiro e escolha o título mais adequado às suas necessidades.


  4. Debêntures: são títulos emitidos por empresas.


    Ao adquirir uma debênture, o investidor empresta dinheiro para a empresa e recebe de volta o valor investido acrescido de juros.


    Esse tipo de investimento tem um risco maior, pois depende da saúde financeira da empresa emissora.


    Como investir:

    • Onde investir: As debêntures estão disponíveis para compra nas corretoras de valores que oferecem títulos de renda fixa corporativa.


      Plataformas como XP Investimentos, ModalMais, e BTG Pactual são algumas das corretoras que disponibilizam essas opções.


    Tipos de debêntures:

    • Debêntures simples: Pagam um valor fixo de juros.


    • Debêntures conversíveis: Permitem ao investidor converter o título em ações da empresa emissora.


  5. Poupança: é o investimento mais tradicional no Brasil, e embora seja uma opção de baixo risco, oferece uma rentabilidade muito baixa, o que pode ser um fator limitante para quem busca maior rentabilidade.


    Como investir:

    • Onde investir: A poupança pode ser aberta diretamente nos bancos.


      Qualquer banco no Brasil oferece a opção de conta poupança, e o processo é simples: basta abrir uma conta corrente ou conta poupança no banco de sua escolha.


    • Passo a passo: Abra uma conta no banco, deposite seu dinheiro na conta poupança e ele começará a gerar juros. Os rendimentos são creditados mensalmente.


    Rentabilidade:

    A rentabilidade da poupança depende da Selic:

    • Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a rentabilidade é de 0,5% ao mês mais a variação da inflação (IPCA).


    • Se a Selic estiver abaixo de 8,5%, a rentabilidade é de 70% da Selic, o que é bem baixo.


Vantagens da Renda Fixa

  • Estabilidade: Por ser previsível, a renda fixa é a melhor opção para quem não quer correr grandes riscos com seu dinheiro.


  • Baixo risco de perda: Em comparação com renda variável, o risco de perda é bem menor.


  • Ideal para objetivos de curto e médio prazo: A renda fixa é a escolha perfeita para quem precisa de uma aplicação mais segura para alcançar objetivos específicos.


Desvantagens da Renda Fixa

  • Rentabilidade mais baixa: O principal ponto negativo da renda fixa é que seus rendimentos são mais baixos em comparação com investimentos de renda variável, especialmente em um cenário de juros baixos.


  • Inflação pode corroer os ganhos: Quando a inflação está alta, a rentabilidade da renda fixa pode ser corroída, fazendo com que o investidor perca poder de compra.


  • Liquidez: Alguns investimentos de renda fixa têm prazos longos, e o investidor pode precisar esperar até o vencimento para resgatar seu dinheiro.


O Que é Renda Variável?

Já a renda variável é um tipo de investimento no qual a rentabilidade não é fixa, ou seja, ela pode variar de acordo com o desempenho do ativo no mercado.


Isso significa que o valor investido pode tanto crescer quanto diminuir, conforme o risco do mercado em que o investimento se encontra.

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Características da Renda Variável

  1. Rentabilidade variável: O principal ponto da renda variável é que a rentabilidade não é definida e pode oscilar de acordo com o desempenho do ativo.


    Por exemplo, o preço de uma ação na bolsa de valores pode subir ou cair de acordo com o mercado.


  2. Maior risco e maior retorno potencial: Embora a renda variável ofereça a possibilidade de maiores retornos, ela também envolve mais riscos.


    O investidor pode tanto obter lucros expressivos quanto enfrentar perdas significativas.


  3. Diversificação: A renda variável permite que o investidor diversifique sua carteira de investimentos, o que pode ajudar a reduzir os riscos de forma mais eficaz.


Exemplos de Renda Variável

  1. Ações: São papéis que representam uma parte do capital social de uma empresa. O valor das ações pode variar de acordo com o desempenho da empresa e do mercado.


  2. Fundos Imobiliários (FIIs): São investimentos em imóveis, mas com a flexibilidade de serem comprados e vendidos na bolsa de valores.


    Os FIIs geram rendimento por meio de aluguel de imóveis ou pela valorização do imóvel.


  3. ETFs (Exchange Traded Funds): Fundos de índice que replicam o comportamento de um determinado índice da bolsa de valores.


    Eles são compostos por diversas ações, permitindo ao investidor ter uma carteira diversificada com um único investimento.


  4. Commodities: Investir em commodities envolve comprar e vender produtos básicos, como petróleo, ouro, prata, soja, entre outros.


  5. O preço dessas commodities é altamente influenciado pelas oscilações do mercado global.


  6. Criptomoedas: As criptomoedas, como o Bitcoin, são ativos digitais que operam em mercados descentralizados e altamente voláteis.


Vantagens da Renda Variável

  • Maior rentabilidade: Em comparação com a renda fixa, os investimentos em renda variável têm o potencial de gerar retornos mais altos, o que atrai investidores em busca de maiores lucros.


  • Diversificação: A renda variável permite uma grande diversificação da carteira de investimentos, o que pode diminuir os riscos quando bem planejada.


  • Oportunidade de lucro rápido: Com as flutuações de preços de ações, commodities ou criptomoedas, a renda variável oferece uma oportunidade para lucros rápidos e expressivos.


Desvantagens da Renda Variável

  • Risco elevado: O principal desafio da renda variável é o alto risco envolvido, já que o investidor pode enfrentar perdas significativas devido à instabilidade do mercado.


  • Volatilidade: O valor de um ativo de renda variável pode oscilar consideravelmente em curtos períodos de tempo, o que exige acompanhamento constante do mercado.


  • Necessidade de conhecimento: Investir em renda variável exige mais conhecimento sobre o mercado e os ativos em questão, o que pode ser um desafio para investidores iniciantes.


Como Escolher Entre Renda Fixa e Renda Variável?

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A escolha entre renda fixa e renda variável depende de vários fatores, como o seu perfil de investidor, os seus objetivos financeiros, e o quanto você está disposto a assumir de risco.


Aqui estão alguns passos para ajudá-lo a escolher:

  1. Avalie seu perfil de risco: Se você é um investidor conservador, que busca mais segurança, a renda fixa pode ser a melhor opção.


    Se você tem um apetite maior por risco e busca um retorno mais alto, a renda variável pode ser mais adequada.


  2. Estabeleça seus objetivos financeiros: Se você tem um objetivo financeiro de curto prazo, como a compra de um imóvel ou um carro, a renda fixa pode ser a melhor escolha devido à sua previsibilidade.


    Já para objetivos de longo prazo, como aposentadoria, a renda variável pode oferecer maiores retornos.


  3. Diversifique seus investimentos: Para otimizar os resultados, uma boa estratégia é combinar renda fixa e renda variável. Isso pode ajudar a balancear os riscos e as recompensas do seu portfólio.


  4. Faça um planejamento financeiro: Antes de tomar qualquer decisão, é importante entender sua situação financeira atual e projetar um planejamento para os próximos anos.


Como Investir em Renda Fixa e Renda Variável - Resumo

Tanto a renda fixa quanto a renda variável têm suas características, vantagens e desvantagens.


A renda fixa é ideal para quem busca segurança e previsibilidade, enquanto a renda variável é mais indicada para quem está disposto a correr riscos em troca de maiores retornos.


Investir de forma equilibrada, diversificando entre os dois tipos de investimentos, pode ser uma estratégia eficaz para alcançar seus objetivos financeiros de forma mais sólida e planejada.


Não se esqueça de buscar sempre informações atualizadas e consultar um especialista antes de tomar decisões de investimento.


Lembre-se, o mais importante é sempre alinhar suas escolhas ao seu perfil de investidor e aos seus objetivos de vida.

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